MODELAGEM MATEMÁTICA PARA LOCALIZAÇÃO DE UNIDADES DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE: UMA APLICAÇÃO NO INTERIOR DO ESTADO DE SÃO PAULO
Resumo
O planejamento da logística de tratamento de resíduos de serviços de saúde – RSS merece atenção cuidadosa devido aos riscos inerentes desses resíduos à saúde e ao meio ambiente. Um diagnóstico da cadeia de logística de tratamento de RSS foi realizado para que se pudesse desenvolver uma ferramenta de planejamento de apoio aos agentes dessa cadeia. Segundo dados do IBGE (2002), mais de 30% dos municípios brasileiros não tratam seus RSS. Em face das oportunidades representadas por essa demanda reprimida, esse estudo propõe-se um modelo matemático de programação inteira-mista – MIP para indicar localizações ótimas de novas unidades de tratamento de RSS. O modelo proposto utiliza dados do interior do estado de São Paulo, maior estado gerador de RSS. Foram considerados sete cenários para checar a consistência das recomendações de localização. Em cada cenário, são flexibilizadas as capacidades de processamento ou número de unidades de tratamento. Os resultados variam conforme o cenário analisado, mas, em geral, indicam soluções que podem ser divididas em dois grupos. Quando somente a capacidade de processamento varia, os municípios mais frequentemente apontados pelo modelo são Bauru, Piracicaba e Campinas. Por outro lado, quando permite-se implantar mais de uma unidade de tratamento, mantendo-se a capacidade de processamento constante, os municípios de São José do Rio Preto, Ribeirão Preto e Salto de Pirapora destacam-se como soluções ótimas. De qualquer modo, uma vez que a infraestrutura de tratamento de RSS paulista encontra-se concentrada na região metropolitana de São Paulo, evidencia-se, assim, oportunidades para instalação de novas unidades no interior do estado, que possam contribuir para redução de custos logísticos da cadeia de tratamento de RSS paulista.
Palavras-chave: resíduo de serviços de saúde - RSS, logística, MIP.
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